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O Cérebro e a Dislexia




A dislexia é um perturbação do neurodesenvolvimento que se caracteriza for dificuldades específicas na aprendizagem da leitura e da escrita. Estas as dificuldades não são explicadas por fatores sociais, econômicos, culturais, educacionais e/ou familiares de caráter transitório. A sua prevalência varia entre os 5 e os 13% da população e tem uma forte componente genética e hereditária.


Atualmente, entende-se que a dislexia é uma dificuldade na linguagem caracterizada por uma menor ativação cerebral em áreas associadas à leitura e ao processamento de informação linguística. Áreas como o córtex superior esquerdo – responsável pela compreensão da linguagem falada- o giro uniforme esquerdo – responsável pelo reconhecimento visual das palavras- assim como o córtex pré frontal e o cerebelo – responsáveis pela organização e controlo de diversas atividades cognitivas- são as áreas em que as diferenças cerebrais observadas são mais notórias. Além disso, estudos recentes têm mostrado menor conectividade entre estas áreas do cérebro, o que poderá afetar a transferência de informação entre elas.


A dislexia é, assim, uma perturbação de caráter neurobiológico e permanente, que pode ser minimizada com uma deteção precoce e uma intervenção especializada apropriada e intensiva. Há evidências, que nos são dadas por estudos de neuroimagem, de que a intervenção pode ter um impacto positivo no cérebro das crianças com dislexia. Uma intervenção adequada pode conduzir a mudanças na estrutura e nas funções cerebrais e na conectividade funcional entre estas áreas do cérebro, mudanças associadas a melhorias no desempenho da leitura e da escrita.


Ana Rita Silva



Krafnick, A. J., Napoliello, E. M., Flowers, D. L., & Eden, G. F. (2022). The Role of Brain Activity in Characterizing Successful Reading Intervention in Children With Dyslexia. Frontiers in Neuroscience, 16.

Centanni, T. M. (2020). Neural and genetic mechanisms of dyslexia. Translational neuroscience of speech and language disorders, 47-68.

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